
No sábado (21), Donald Trump informou que os Estados Unidos entrou no conflito entre Irã e Israel após atacar três instalações nucleares da base iraniana. O atual presidente dos EUA, classificou a ação como “defensiva” e reforçou a narrativa de estarem oferecendo uma solução passiva.
Ele citou o Irã como o “tirano do Oriente Médio” e disse que se não promoverem a paz, os ataques futuros serão ainda mais ofensivos. O Irã rebateu, afirmando que os EUA começaram uma “perigosa guerra” e que vão se defender após o ataque americano e que, além disso, terá consequências duradouras!

Irã e EUA: como começou?
No dia 13 de junho, Israel lançou um ataque surpresa contra o país que levou o mundo a comoção. O objetivo do conflito entre Irã e Israel era destruir as principais usinas nucleares. O temor israelense era de que a permanência desses complexos significasse uma ameaça, pois o Irã planejava enriquecer urânio para produção de armas nucleares, um grande perigo para sua existência.
Perante as controvérsias sobre a eficácia do armamento, a RUSI (Royal United Services Institute) informou que, nem mesmo as bombas de penetração massiva GBU-57 dos EUA, conhecidas por sua ação antibunker e alcance de 60 metros de profundidade, seriam suficientes para alcançar a usina, visto que está a cerca de 80 metros de profundidade.
O embaixador de Israel nos EUA informou que múltiplos ataques seriam necessários para causar danos significativos.
O alvo mais protegido do Irã
Apesar de poucas informações sobre o conflito entre Irã e EUA, funcionários da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), disseram que a usina (Fordow), localizada na segunda cidade mais populosa do Oriente Médio, não foi atingida. Construída em meados dos anos 2000, teve estrutura externa vista pela primeira vez em 2018 e tem uma profundidade de 80/90 metros. A única visão possível são de cinco túneis escavados em montanhas com um amplo perímetro de segurança, segundo imagens de satélites.

Até as últimas semanas, Trump insistia que agiria apenas em defesa dos israelenses, com um prazo de duas semanas para saber se interviria diretamente ou não nos ataques. O que não aconteceu na prática, após a ofensiva iraniana, os EUA se colocou diretamente no confronto.
Ameaça de bloqueio
Enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aplaudiu as ações, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que o conflito entre Irã e EUA chegou a um novo patamar: “cruzou uma linha vermelha muito grande” ao bombardear instalações nucleares iranianas. Países contrários a medida pedem uma solução diplomática, com diálogo e acordo.
Segundo a mídia local, o Parlamento iraniano aprovou o bloqueio do Estreito de Ormuz (Principal via marítima, que conecta o Golfo pérsico ao Golfo de Omã e o mar arábico, sendo importante para o transporte e comércio de petróleo e gás natural), o conflito entre Irã e EUA segue em tensão.
Com este bloqueio, o país visa interromper o fluxo de 30% de todo o petróleo comercializado globalmente, mas a medida ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.
Redação: Samara Brito
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