
Após uma votação marcada por grandes contradições, os espectadores permanecem ansiosos para o 5º dia de julgamento do que foi nomeado como “núcleo crucial” pelos parlamentares referente a trama golpista que ocorreu em janeiro de 2023, após a eleição do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Esse núcleo, é composto por:
- Jair Messias Bolsonaro – ex-presidente do Brasil
- Walter Souza Braga Netto – ex-ministro da Defesa
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Mauro Cid – tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator
O ministro Luiz Fux, votou exclusivamente pela absolvição de Jair Bolsonaro em todos os cinco crimes apontados na ação no Supremo Tribunal Federal, dizendo que não há comprovação para a participação do ex-presidente no ato e invalidou os ataques dele ao processo eleitoral e urnas.
Além do ex-presidente Bolsonaro, houve a absolvição perante ao ministro de outros réus como o general Paulo Sérgio Nogueira, general Augusto Heleno, o almirante Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Anderson Torres. Como oposição, optou pela condenação do delator Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e do general Braga Netto, ambos pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Ainda será decidido se a pena de Cid será reduzida ou extinta, por sua colaboração nas investigações. Caso Fux seja o único a absolver os réus, não terá influências sobre o desfecho do julgamento, mas se mais um ministro o apoiar, isso poderá abrir lacunas contra a condenação ao plenário do STF, formado pelos onze ministros da Corte.
O voto do ministro repercutiu inclusive no exterior. A agência de notícias internacional britânica, Reuters, disse que Fux deu força a argumentos de defesa e contrariou seus pares, aumentando as chances de uma possível “apelação” da defesa e pode inclusive “aproximar os procedimentos da campanha presidencial de 2026”.
“A divergência no tribunal aumenta a tensão em um caso que já polarizou o país e levou milhares de apoiadores de Bolsonaro às ruas em protesto”, afirma Reuters.
Outras agências internacionais, como a EFE (Education For Employment), agência internacional espanhola, ressaltou a defesa como “incompetência absoluta” e o jornal La Nación citou a possibilidade de condenação para mais de 40 anos do ex-presidente.