Vacinação Infantil quais devem ser aplicadas até os 5 anos

A vacinação infantil é a forma mais eficaz de proteger as crianças contra doenças perigosas e graves. No Brasil, o PNI – Programa Nacional de Imunizações garante, pelo SUS, de forma gratuita, todas as vacinas recomendadas para cada fase da infância de uma criança, do nascimento até os 5 anos de idade.

Nesse artigo, você vai descobrir quais vacinas uma criança deve tomar até os 5 anos de idade, por que e quando elas devem tomar e a importância de manter o caderno de vacinas sempre atualizado. Confira!

Porque a vacina é fundamental na vida.

A vacinação é uma medida fundamental na proteção de pessoas vulneráveis a doenças virais. Quando os pais mantêm o calendário de vacinação dos filhos em dia, eles não estão apenas protegendo os filhos de uma possível doença, eles estão evitando a proliferação de um vírus para toda uma comunidade.

Quando a maioria da população está imunizada, o vírus e as bactérias virais que podem vir do ar ou até de uma pessoa infectada são impossibilitados de circular ou entrar no seu corpo, pois ele estará blindado e protegido contra eles.

Fora isso, as vacinas:

  • Previnem doenças graves, como meningite, sarampo, poliomielite e coqueluche;
  • Reduzem hospitalizações e problemas permanentes no corpo;
  • Contribuem para a erradicação de uma ou mais doenças; exemplo disso é o caso da varíola;
  • São gratuitas e estão disponíveis em todo o Brasil pelo SUS.

Calendário do SUS para vacinação infantil:

Vacinação Infantil

O ministério da saúde no Brasil organiza as vacinas por faixa etária da criança. Confira a ordem e os detalhes sobre cada vacina que a criança deve receber desde o nascimento até os 5 anos de idade.

Ao nascer.

Quando o bebê nasce, ele precisa de 2 vacinas essenciais para um crescimento e proteção adequados, sendo elas:

  1. BCG (para tuberculose);
    • A aplicação ocorre logo ao nascer.
    • A aplicação é intradérmica no braço direito.
    • Sua principal função é proteger da tuberculose e suas variações, como a meningite tuberculosa e tuberculose miliar.
    • Dose única, não havendo necessidade de um reforço.
  1. Hepatite B (1.ª dose);
    • Aplicada logo nas primeiras 12 horas de vida.
    • Previne a hepatite B, uma doença que afeta o fígado e pode causar complicações crônicas e até um possível câncer hepático.
    • A criança receberá novas doses conforme orientação médica, podendo ser aos 2 meses, 4 meses e 6 meses de vida.

Aos 2 meses de vida.

Quando a criança chega aos 2 meses de vida, ela geralmente toma 5 vacinas, sendo elas:

  1. Pentavalente (1ª Dose);
    • Essa vacina combina várias proteções, como “difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B”.
    • Protege contra 5 doenças diferentes.
    • As próximas doses podem ocorrer com 3 e 4 meses de vida.
  1. Poliomelite (1ª Dose);
    • Previne a poliomielite (paralisia infantil).
    • A aplicação é injetável.
    • As próximas aplicações podem ser administradas via oral, por volta de 15 meses de vida.
  1. Rotavírus Humano (1ª Dose);
    • Protege contra a gastroenterite, doença causada pelo rotavírus, que leva o indivíduo à desidratação grave.
    • Administrada via oral.
    • Possui um prazo limite de até 3 meses e 15 dias de vida.
  1. Pneumocócica 10-valente (1ª dose);
    • Tem como função prevenir a meningite, pneumonia e otite causadas pelo pneumococo.
    • As próximas doses são administradas com 4 meses e 12 meses, respectivamente.
  1. Meningocócica C (1ª Dose);
    • Previne contra um dos vírus mais mortais, meningite meningocócica tipo C.
    • As próximas doses são administradas com 4 meses e 12 meses, respectivamente.

Aos 4 meses de vida.

Aos 4 meses, são aplicadas as vacinas que foram administradas com 2 meses de vida, sendo a segunda dose ou dose de reforço.

  1. Pentavalente (2ª dose);
  2. Poliomielite (2ª dose);
  3. Rotavírus (2ª e última dose);
  4. Pneumocócica 10-valente (2ª dose);
  5. Meningocócica C (2ª dose);

Essas doses são aplicadas novamente para garantir que a criança seja totalmente imunizada e que dure por muitos anos.

Aos 6 meses de vida.

Com 6 meses de vida, algumas vacinas são aplicadas para finalizar as vacinas iniciais.

  1. Pentavalente (3ª dose);

    • Última dose contra as doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B.
  2. Poliomelite (3ª dose);
    • Conclui a imunização primária contra a poliomielite.
  3. Influenza (1.ª dose);
    • Indicada todos os anos para crianças de 6 meses e menores que 6 anos.
    • No primeiro ano em que a criança recebe essa vacina, ela deve tomar uma segunda dose após 30 dias.

Com 1 ano de vida.

Quando a criança completa 12 meses de vida, ela deve tomar algumas vacinas, sendo elas:

  1. Tríplice viral (1ª dose);
    • Proteção contra o sarampo, caxumba e rubéola.
    • A aplicação é subcutânea.
    • A dose de reforço é aplicada com 15 meses de vida.
  1. Pneumocócica 10-valente (reforço);
  2. Meningocócica C (reforço);
  3. Hepatite A (dose única);

    • Protege a criança contra os vírus transmitidos pela Hepatite A, por meio de alimentos contaminados e água suja.

Aos 15 meses de vida.

Nessa fase, a criança recebe vacinas iniciais e segundas doses, como:

  1. DTP – difteria, tétano e coqueluche (1ª dose de reforço);
  2. Poliomelite (1° reforço – via oral);
  3. Tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola (2ª dose);
  4. Varicela (1ª dose ou dose de reforço);

    • Caso a criança tenha recebido apenas a tríplice viral, ela deve receber a vacina da varicela separadamente.

Aos 4 anos de vida.

Por fim, quando a criança atinge 4 anos de vida, ela deve receber as seguintes vacinas:

  1. DTP – difteria, tétano e coqueluche (2ª dose de reforço);
  2. Poliomielite (2ª dose reforço – via oral)
  3. Febre amarela (dose única ou reforço)
    • Caso a criança tenha recebido a primeira dose aos 9 meses, deve receber o reforço aos 4 anos, varia conforme o calendário.
    • Tem como objetivo prevenir a transmissão da febre amarela pelo mosquito Aedes aegypti.

Vacinas extras e atualização da caderneta de vacinação.

Em alguns estados, é comum que o governo, junto com o ministério da saúde, realize campanhas de atualização da caderneta de vacinação, geralmente entre os meses de agosto e setembro. É nesses momentos também que é cobrado dos pais o preenchimento de todas as vacinas necessárias para a criança e, em casos específicos, a aplicação de vacinas fora do prazo.

O que acontece se atrasar na vacinação?

Caso a criança não tome a vacina no tempo correto, conforme a caderneta de vacinação, não terá problemas graves; basta os pais a levarem para um posto de saúde, juntamente com a caderneta, e o profissional de saúde irá atualizar as vacinas, aplicando as doses faltantes, respeitando o prazo mínimo entre cada aplicação.

O importante é não deixar de vacinar; cada dose, independentemente de estar atrasada ou não, pode salvar a criança de uma possível complicação ou doença.

A importância da vacinação infantil no Brasil.

O Brasil é referência no mundo todo quando se trata de imunização. Em 1973 foi criado o PNI – Programa Nacional de Imunizações, no qual o país buscou controlar e eliminar doenças que eram comuns na infância, como:

  • Varíola: erradicada em 1980;
  • Poliomielite: possivelmente erradicada em 1989;
  • Sarampo: foi eliminado por anos, mas recentemente surgiram casos devido à baixa adesão da vacina;
  • Tétano: Praticamente erradicado.

Esses resultados só foram possíveis após a ampla cobertura de vacinas no país, mas, após a pandemia de 2020 da Covid-19, a baixa adesão de vacinas infantis permitiu o reaparecimento de algumas doenças já erradicadas.

Por isso, manter a vacinação em dia é uma chance de você salvar a vida do seu filho e de mais pessoas em todo o mundo, além de controlar o retorno de algumas doenças já erradicadas.

Gabriel
Gabriel